SEXO PIZZA E ROCK AND ROLL

E lá vamos nós mais uma vez a falar sobre assuntos polêmicos (poderia muito bem ser sobre o Mensalão e um julgamento que ficará para a história, mas não é o caso).

Sexo, pizza e rock and roll. Antes que se questionem, é pizza mesmo... quem me conhece sabe que álcool e entorpecentes não faz meu tipo. Eu gosto mesmo é de pizza!

E com a pizza que vou começar.

Como pode um pedaço de massa assada com molho e queijo fazer tanto sucesso e deixar homens, mulheres, crianças e cachorros com água na boca? Nesses meus vinte e poucos anos e nos poucos lugares que conheci, visitei e morei nunca conheci ninguém que não goste dessa iguaria Italiana. Que assim como sexo, até quando está ruim é boa... e olha que já comi pizza ruim nessa vida. rs

Já repararam como um encontro entre amigos, um sábado desanimado fadado a terminar no sofá assistindo Altas Horas ou um dia estressante de trabalho, melhora consideravelmente quando se tem uma boa e suculenta pizza?

Drogas são para os fracos, eu não troco uma boa Marguerita por elefantinhos coloridos e brisas passageiras! Se pizza sozinha já é a alegria de toda uma nação, associada ao tal do rock and roll vira festa.

Não sei ao certo quando me apaixonei por guitarras, cabeludos, baterias e letras de músicas revolucionárias e chocantes (Sim, a primeira vez é sempre revolucionária e chocante). Só sei que um dia acordei e troquei as saias indianas por um All Star surrado (não definitivamente, gosto de saias indianas ainda) e o New Age por Velhas Virgens.

Taí, acho que "A Maior Banda Independente do Brasil" e uma certa amiga são os responsáveis por essa Lilian de hoje.

Essa que diz assumidamente que prefere um show de rock, com letras machistas e recheadas de putaria aos bonitinhos e politicamente corretos que dizem cantar o amor. Eu gosto dos caminhos alternativos, o duvidoso me atrai... gravatas, cabelos bem penteados e sapatos engraxados não é muito sexy aos meus olhos. Sempre gostei de cabelos bagunçado, jeans surrado e olhares de malícia.

Eu, a certinha que evita (evitei por muito tempo) os palavrões, não bebe, não suporta cigarros, não é assídua em baladas... gosto dos homens maus. E claro que isso não dá muito certo. Não vou ficar aqui falando sobre meus relacionamentos e afins. Mas pra falar de sexo tem de se ter um certo desprendimento e isso eu adquiri depois de algumas experiências e de um ou dois caras.

Somos socialmente repletos de amarras e convenções, há séculos atrás uma mulher dizer que sente prazer e gosta de sexo seria motivo de vergonha, escanda-lo por pelo menos dez gerações... hoje eu posso dizer que gosto de sexo e não ser olhada como uma vadia. E mesmo que me olhem como tal, me basta saber que não o sou e está tudo certo.

Sou meio assim com tudo na vida, faço aquilo que gosto, do jeito que gosto e na hora que quero... o que me barra e me impulsiona é o bem estar comigo mesma. Se acho que um tapa cara na hora H pode ser prazeroso, não passo vontade, vivo o tapa na cara. E se não me sentir confortável seja lá com o que for, não faço!

Quando fala-se em sexo, abre-se a porta dos instintos... e querer barra-los por convenções e conservadorismos é navegar contra a maré.

Sexo anal é tabu nas relações heterossexuais (pelo menos entre as mulheres). Você lê, ouve, vê coisas sobre sexo oral, posições, vibradores e uma parafernália de brinquedos eróticos, mas se alguém falar em Sexo Anal todos congelam... é como se fosse algo totalmente sujo, inescrupuloso. Até mesmo aquelas (creio ser um tabu tipicamente feminino) que já praticaram tal modalidade, fazem caras de horror e lançam olhar recriminador. Assumir que faz que gosta, que sente prazer com sexo anal é coisa de puta.  Admiro mulheres que o faz e assumem que gosta (principalmente por se permitirem experimentar e sentir prazer).

É meio complicado ser uma mulher decente que não cai nas armadilhas de machismo e moralismos (falsos) espalhadas por aí. Todos nós temos diversas facetas, porém todas elas devem estar em equilíbrio para formar essa tal personalidade, se não caímos em outra armadilha, a da hipocrisia.

Sexo casual, fetiches, romances passageiros, mordias, relacionamentos duradouros, tapa na cara, paixões avassaladores, orgasmos, amizades colorida, mordidas, arranhões... Velhas Virgens, Led Zepplin, Faichecleres, Ramones, Matanza, Dee Purple, Cachorro Grande, Beatles... Marguerita, Chocolate, Portuguesa, Romeu e Julieta, Calabreza, Californiana, Caipira...

São elementos que podem ser associados sem receio, uma quarta-feira de sexo casual com pizza portuguesa e Led Zepplin pode ser um encontro perfeito.  Não importa muito a ordem dos elementos, o fato é que a combinação é certeira!